segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Em Nome de Quê? De Quem?

Você se arriscaria a falar em nome de Deus?
Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo... Santíssima Trindade...
Livrai-nos do mal... Quem nos livra dele?
Cada vez mais vozes engrossam o coro e falam em nome de algo ou alguém.
Em nome da fé, em nome do amor, em nome da amizade, em nome da paz, em nome da democracia, em nome dos bons costumes, em nome da justiça...
Para todos os atos há um interesse escondido ou uma intenção velada. Declarados, mas protegidos sob o manto de alguma crença ou ideologia que se confundem com fanatismo e, às vezes, com sonhos.
Em nome do amor, pessoas cometem atos que nada têm a ver com um sentimento que remete à generosidade e nobreza humana. Querem punir, castigar, aprisionar, mas não necessariamente amar...
Em nome de Deus, fanáticos destroem a criação Daquele que tanto defendem. Deus deixou de ser a crença e tornou-se um idealismo que se desmembra em facções religiosas. Ganhou casas e porta-vozes. Quem paga mais, pode mais... Quem crê demais, desconfia menos...
A fé capitalista oferece o paraíso aos fieis.
Em nome dos bons costumes, famílias assistem às discriminações, às ofensas pessoais e morais. Pessoas defendem suas opções e pagam caro por elas... Em nome da justiça! Humana ou de Deus, essa balança está bem longe de manter o seu equilíbrio.
Em nome da segurança, trabalhadores honestos levantam seus muros, cada vez mais altos, cercam-se de grades... E em nome dos “Direitos Humanos”, bandidos correm livres pelas ruas, imputando a nova lei... Em nome da sobrevivência (?) entre os fracos e oprimidos.
Em nome do planeta, vozes ecoam pelos ares... Em nome da vida que ainda nos resta.
Em nome da democracia, lideranças crescem e engordam à custa do suor e da crença do povo... Do mesmo povo que age em nome de Deus, que elege seus representantes (em nome da esperança) e que rotula as diferentes formas de ser e pensar (em nome da liberdade de expressão (?)).
Ficam ainda muitos nomes para serem falados e defendidos. Muitos muros a serem derrubados e muita ordem a ser estabelecida. Em nome do ser humano, todos saem com suas bandeiras defendendo os poucos nomes que lhes cabem acreditar.
Talvez em nome do bom senso alguns, um dia, despertem desse pesadelo e tentem lembrar-se dos próprios nomes... Esqueçam do falso poder que seus mantos protegem, parem de colocar-se acima do bem e do mal e assim possam retomar a origem de tudo e voltarem a falar não mais em nome de...
E pensando nas próprias origens falem menos e ajam mais...
Pelo amor, pela paz, pela fé em Deus.
Plantem para que “os filhos desse solo” tenham mães gentis...
Pátria amada... Terra adorada!!!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...
Em nome próprio!
Jackie Freitas
“Uma crença forte demonstra apenas a sua força, não a verdade daquilo que se acredita”
*Imagens retiradas do Google Imagens

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