terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Amiga Blogueir@ da Semana–Mary Miranda



Minha amiga blogueir@ dessa semana é especial e admirável! Poeta, poetisa; escritora, leitora; romântica, romancista… Autora de sua própria história; carrega consigo a força das palavras e ,sem qualquer receio, as devolve para nós, nos deixando sem fôlego, extasiados com tamanha paixão com que ela trata os seus pensamentos … Em seu blog Fatos de Fato, minha querida amiga é capaz de transformar um simples fato cotidiano em inspiração poética! E consegue nos fazer viajar em seus sonhos, percorrendo por seu longo horizonte para finalmente nos olharmos envoltos em suas palavras. Seus textos são viscerais! Sentimos neles a entrega e a catarse de sua autora…  Igualmente nos entregamos e nos rendemos a tanto sentimento transbordante de uma mente notável e brilhante… Amiga e autora de Fatos de Fato…  De fato, amiga e autora… Os fatos de Mary Miranda em:

A capacidade de sermos Fênix

Num tratado de sobrevivência insofismável, no derradeiro senso de
conquista tendo o céu como limite, nós, insondáveis como seres
pensantes, abrimos asas e voamos para onde quer que as elas alcancem!
A linha que corta o horizonte não é aquela do imaginário Equador, pois
se há alguma benevolência em se pensar, é que a estrutura mental do
ser não embota a mente para o infinito!
Reduzidos a pó, pá de cal tremente em cima dos corpos pulverizados, lá
adiante, fortalecidos, nos pomos de pé, prontos para a luta
subsequente!
Inglórias lembranças ainda no presente, passados que torturam e um
futuro incerto talvez propulsores de dor, não resistem à força que
emana da lógica de que acasos não existem, fazendo-nos crer numa
improvável, conquanto agradável, sensação de retorno e garra, vitória
e sucesso meritórios!
O que chamam de 'tirar leite de pedra' é a caraterística principal de
qualquer Fênix!
Saber-se combalido, restrito, extinto, e assim mesmo levantar a
bandeira dos imortais, retirar de um chão inexistente, um céu de
estrelas que fulguram o olhar do meu irmão, do meu semelhante, é ter
nas asas de ave castigada, um arsenal ilimitado para uma guerra de
paz...
O olhar de uma benevolente ave Fênix é sempre à direita.
Via única, não tem opção...
Escorreguemos uma vez só a visão para a esquerda e o ato segrega
dimensões nefastas, incongruentes!
Ave Fênix, no sentido de amor e ressurgimento, é para a direita o seu alvo!
O lado da Justiça, da Certeza e do Pai!
Injustiçada, a mitológica ave confundida com o Mal, agora não tem como
refazer-se desses valores ímpios construídos numa Grécia longínqua!
Como ave redentora, construidora de sonhos, assim mesmo, com opções
mínimas, conduz a orquestra do florescer!
Essas cinzas surgidas após a sua destruição na fogueira, têm função
única em sua nova vida: saber que tantas tragédias surgirem, tantas
tragédias vencidas...
Nascendo e renascendo, nascendo e renascendo, voltem cinzas para o seu
lugar porque Fênix não desiste nunca, imortal e sobrenatural,
acalentando no seu ninho seus rebentos, seus descendentes, não como
filhos de carne, mas filhos de luta eterna e etérea!
O poder que há nesse estigma em se olhar para a direita, simbólica de
bem, é reduzido?
Não cabe ao homem entender sobre Céus...
Pois se o olhar é para a Direita, o Amor de uma ave Fênix continua
cabendo no lado Esquerdo do peito!...
E se essa luta armada para vencer obstáculos imaginários ou reais,
sendo feita de linha de Equador, Greenwich, numa Via Sacra, Láctea,
Via Crucis, se isso tudo corresponde, transmuta, absorve, corrobora
para favorecer um néscio de ser, um espirro de vivência, se trouxer
bondade, vamos à ela, então, ressurgindo e ressurgindo, vindo as
cinzas para lembrar-nos que podemos sobreviver!
Captação de recursos que somente a dor pode liberar!
Alguém aprende a ser bom quando se está bem?
É na dor, somente na dor, que reconstituímos nossos pedaços soltos...
A Fênix, sem contrariar essa verdade, se torna melhor à cada
destruição de sua existência!
Como que dizendo a que veio, peça por peça encaixada no seu
quebra-cabeça para o estímulo!
"Se eu retirei desse solo o que não me permitiram, você pode retirar
desse solo, o que eu te forneço agora!", esse é o jeito de uma Fênix
nos convencer que podemos mudar destinos...
Não nos conduzamos à mistificação, não louvemos como impossível aquilo
que os olhos não vêem!
Se uma Fênix só pode olhar para a direita e enxerga por todos os
ângulos, por que nós, os ilimitados, infinitos, cíclicos, nos
restringiríamos ao comodismo?
Todos nós temos a obrigação de sermos a Ave Redentora!
Porque o que nos faz Fênix é exatamente nossa capacidade de nos
reinventarmos, superarmos as cinzas que povoam muitas vezes nossos
corações, e aparecermos logo adiante, radiantes, formosos, fortes para
a próxima batalha para o bem!
Que cinza seja sempre a cor que tonaliza vestuários.
Não deixemos o dia cinza, não façamos dos nossos dias, cinzas!
Libertemos a nossa Fênix mais primorosa, aquela que voa longe,
atravessa mares, e que encontra sempre um lugar prazenteiro no coração
daqueles que trazem a pureza de alma, sabendo que a esperança é como
uma flor, que nem sempre nasce num jardim, mas jamais perde o seu
encanto...
*Imagem: www.diaadia.pr.gov.br

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