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Oito de Março

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Desde sempre, nós mulheres temos sido ignoradas, negligenciadas, subestimadas e (por que não dizer?) maltratadas…. Nossas obrigações sempre foram impostas e cobradas como se a nossa existência dependesse da excelência do desempenho e cumprimento unicamente das funções ligadas ao lar, maternidade e matrimônio…   Nossos direitos foram guardados às sete chaves por uma pretensa supremacia que não tem feito outra coisa durante anos, a não ser nos julgar fracas e submissas, bem como nos condenar à insignificância e incapacidade. Num mundo ainda nitidamente machista, a força física se sobrepõe ao intelecto, ou seja, não importa o quanto uma mulher seja mais capacitada por sua inteligência; no final, a ignorância será reafirmada pelo preconceito e discriminação. Não sou feminista e sinto muita preguiça nessas intermináveis discussões que, muitas vezes, ultrapassam ao extremismo; entretanto, não posso ignorar as muitas lutas das mulheres ao longo dos tempos; e a reflexão aqui não é sobre ...

Como Temos Vivido?

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Começamos o ano… Deixamos para trás as frustrações e os infortúnios… renovamos as nossas promessas e os nossos desejos; afinal, ano novo, vida nova…. Todos os nossos “fracassos” ficaram para trás! Teoricamente, todos os erros serviram como aprendizado para que, neste ano, sigamos por novos caminhos ou pelos mesmos caminhos, mas de forma diferente! Quando pensamos no processo da evolução, considerando as experiências como nossas educadoras, nos tornamos pessoas melhores a cada ano vivido? Você já parou para fazer uma retrospectiva, não apenas dos acontecimentos, mas, principalmente, de você e dos seus atos? Você se vê diferente a cada ano, em evolução ou do mesmo modo de sempre? Nos últimos meses eu tenho feito muitas perguntas…. Tenho me questionado, principalmente, sobre o nosso comprometimento com a vida! Porque, depois de muitas idas e vindas, altos e baixos, percebi que vivemos literalmente como se não houvesse amanhã, ou seja, sem consequências…. Escutei esses dias o Zeca ...

O Que Esse Ano Nos Ensinou?

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Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo…. Não é sobre isso! A nossa reflexão sobre essa passagem de ano será baseada numa única questão: O que esse ano nos ensinou? Normalmente chegamos no final do ano, ansiosos para nos livrarmos das lembranças de dificuldades e, como no meu caso, das dores e do sofrimento…. Este foi um dos mais difíceis anos que enfrentei na vida, marcado por encerramento de ciclos, despedidas e lágrimas, onde minha fé e forças foram testadas; ano em que fui obrigada a enfrentar não apenas as dificuldades, mas, sobretudo, a mim mesma! E, acredite, quando nos tornamos o nosso maior inimigo, este passa a ser o maior de todos os desafios! Passei boa parte deste ano tendo que lidar com os meus medos e fraquezas, encarando partes ignoradas por mim e outras desconhecidas…. Foi um ano de renovação, transformação e autoconhecimento. Ano de faxina emocional, de tirar o lixo acumulado debaixo do tapete…. Eu tenho todos os motivos para querer me livrar com urgência deste ano, mas...

Era Pra Ser Assim...

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Hoje começo a aceitar que estou no meio de uma jornada…. Entendendo que, neste percurso, pessoas chegam e pessoas partem… Uma vez, durante um curso que eu fazia, me disseram que (para quem acredita na reencarnação) quando escolhemos reencarnar, Deus prepara a nossa trajetória e “seleciona” as pessoas que farão parte dela. Desde aquelas que permanecerão por mais tempo e terão relação direta conosco (família e amigos) até as que apenas “esbarraremos” e nunca mais veremos…. Todas, sem exceção, têm importância! Sabe aquele lance do percurso da água que é modificado por uma pequena pedra que surge no seu caminho? É sobre isso! Ou seja, não tem a ver com o tamanho em si, mas com o fato daquela pedra estar, por acaso ou não, naquele exato lugar e momento. Pois é exatamente assim que ocorre conosco nesse intenso tráfego de vidas! Para quem conhece o efeito borboleta (e acredita nele), sabe que uma ação, teoricamente inofensiva e sem propósito, pode interferir e modificar o curso da vida da...

Para o Meu Pai...

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Nós nunca pensamos na morte dos nossos pais, porque, de algum modo, achamos que eles durarão para sempre… que eles são imortais! Até passa pela nossa cabeça, mas a dor é tão insuportável, mesmo que em pensamento e por breves segundos, que descartamos tal possibilidade e bloqueamos nossa mente para que ela nunca mais ouse nos provocar tamanha dor. Nosso cordão umbilical imaginário está ligado aos dois (pai e mãe) por toda a nossa vida e nunca aceitaremos essa ruptura! Temos os pais como os nossos guardiões e anjos da guarda, que nos ajudarão por toda a vida e que estarão conosco por todo o nosso percurso; protegendo e nos amparando contra as muitas quedas, aliviando nossas dores e medos…. Acho que essa segurança nos move pela vida e nos permite seguir em frente de forma destemida. Podemos sofrer diversas decepções, mas a certeza do amor desses “anjos”, nos conforta e fortalece, afinal, qual amor seria mais honesto e verdadeiro do que o deles? Recentemente perdi o meu pai…. Sim, mais u...

Eu, tu , ele, NÓS... FÊNIX!

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Renascer… é isso que a maioria de nós faz quando passa por transformações drásticas na vida! Não há outro modo de “ seguir em frente ” senão renascendo após a reconstrução de si mesmo. Outro dia estava lembrando de quando criei esse blog e o motivo da escolha do nome Fênix…. Obviamente pela simbologia dessa ave mitológica, mas, principalmente porque, naquele período, era exatamente como eu me sentia: uma pessoa ressurgindo de suas próprias cinzas! Ainda hoje me vejo nesse processo que parece não ter fim: lutando, morrendo em batalhas e, depois de renascer numa versão diferente das anteriores, continuando com a vida que não “pega leve” em seus duros testes! Mas, a grande pergunta é: E quem não? Quem não passa por isso? Portanto, concluindo de forma muito obvia, somos TODOS, afinal, Fênix! Na minha humilde opinião, independente da sua simbologia, Fênix deveria ser um tipo polissêmico de palavra, significando vários verbos, simultaneamente, como: levantar, superar, recomeçar, ressurgi...

Depois do Sonho

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Vou começar com uma citação de Carl Jung que li por acaso e me trouxe aqui: “ Quem olha para fora sonha, quem olha pra dentro desperta ”. Não estou dizendo que ela me representa (pelo menos não neste momento), mas, de algum modo, me fez refletir…. Percebi, através dela, que tenho vivido longos dias, ou seja, a minha vida, olhando apenas para fora, vivendo a vida de uma pessoa que, talvez, nem seja eu! Sonhando com uma vida distante da minha própria realidade! Sonhando com pessoas fictícias e permitindo que pessoas reais sonhem e idealizem uma pessoa diferente daquela que sou! Quando se perde alguém que conseguia enxergar e te distinguir na multidão, que sabia dos seus sonhos e, também, da sua realidade, você fica com “preguiça” de pensar sobre a vida. Porém, o trauma da perda provoca reações e sentimentos que, em situações normais, jamais saberíamos. A dor tem uma intensidade diferente e a sua extensão é assustadora! Ela dói em lugares que nem sonhávamos existir e repercute além do...